Tenho tanto dentro de mim
Que tenho certeza que não caibo no meu corpo

Estudei e pratiquei as leis espirituais
Mas continuo preocupado com o que pensam de mim

Sim, eu me importo com as aparências
Mas sei que é bem maior o valor do interior

Ainda não sei o que são as vozes na minha cabeça
É minha a consciência ou sou louco, doutor?

Me impus tantos rótulos
Poeta, criativo, louco, atleta
Que fiquei preso, não mais Sou

O que digo se desfaz no vento
O que escrevo me prende e me liberta na estranha sensação de estar confuso e esclarecido

Queria dançar um samba
E esquecer as mentiras que contei a mim mesmo
O poema não tem fim, é sempre um começo

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